top of page

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CIÊNCIA DA ESCRITA – ABRACE, REALIZADA NO DIA 22e 23/09/2012 NO SAN RAPAHEL HOTEL EM SÃO PAULO.

 


Aos vinte e dois dias de setembro do ano de dois mil e doze, reunidos às nove horas, em segunda chamada na sala Rafael ‘A’ do Hotel San Raphael no Largo do Arouche, 150 na Capital de São Paulo, os associados da Associação Brasileira da Ciência da Escrita – ABRACE, conforme lista de presença em anexo, com o objetivo de deliberarem os assuntos colocados em pauta para este dia, a saber: Análise e Aprovação do Código de Ética, Análise e Aprovação dos Conteúdos Programáticos Mínimos, Análise e Aprovação das Cargas Horárias e Titulações, Análise e Aprovação dos Valores de Referência dos Trabalhos Grafológicos, Análise e Aprovação de Proposições da Diretoria e o que ocorrer. O presidente da ABRACE, Erwin André Leibl abriu os trabalhos dando boas vindas a todos e informando sobre o almoço de adesão. Em seguida falou sobre a importância da organização do fluxo de trabalho como grafólogos para que não haja dispersão, da união em prol da grafologia e da importância da nossa paixão pela grafologia. Disse ainda que cada item a ser discutido é cada um mais importante do que o outro e que, para isso, é de extrema importância que a ABRACE esteja muito bem organizada. Solicitou então, ao Vice Presidente, Eduardo Evangelista, que desse inicio à leitura da Pauta da Assembleia. O Presidente Erwin André Leibl esclareceu que todos devem dar ideias e participar das discussões para aprovação no final da assembleia. Foram formadas comissões para discussão dos temas, ficando assim constituídas: Paulo Sergio de Camargo, Valéria Correia e Janete Dias – Código de Ética; Elisabeth Romar, Antonio Marcos Rabelo Barros, Patrícia de Arvellos, Alíria de Souza e Ceura Nolasco – Conteúdo Programático e Regina Swartzman, Ieda Neres, Cilano Marques da Silva, Basia Sinenberg e Luís Antonio Ribeiro da Silva – Cargas Horárias e Titulações. Todos passaram a se reunir nos grupos para discutirem as premissas estabelecidas. O Presidente avisou aos grupos que teriam até às dez horas e quinze minutos para finalizarem as discussões dos temas pertinentes a cada um e que teriam cinco minutos para exporem as suas colocações sobre os assuntos tratados. Às dez horas e dezenove minutos o Presidente Erwin André Leibl encerrou as discussões solicitando que todos retornassem aos seus lugares. O primeiro tema exposto foi o Código de Ética sendo explanado por Paulo Sergio de Camargo, o qual falou que o Código de Ética é uma “luz do farol” e que não pode ser limitador devendo ser bem direto e limpo. Falou que a grafologia evoluiu nos últimos anos e que todos têm que acompanhar a evolução da sociedade e da tecnologia. Disse que antigamente os peritos grafotécnicos faziam a perícia com os documentos originais e depois passavam para o escaneado, e que, por incrível que pareça, a maior parte de acertos era dos documentos escaneados. Informou que hoje já existem escâneres de muita boa qualidade fazendo com que as respostas fiquem bem mais rápidas e fieis. Por esse motivo deve-se aderir à tecnologia por facilitar a vida do grafólogo. Ficaram assim as sugestões: Preâmbulo: O objetivo do Código de Ética é definir os deveres e direitos dos grafólogos participantes da ABRACE. A adesão à ABRACE indica que o grafólogo aceita os termos deste código e fará tudo para respeitá-lo. 1. O grafólogo se prima pelo respeito ao ser humano e pela ética; 2. A pessoa que tiver sua escrita analisada deve ter ciência do que está sendo feito. Este caso não se aplica a pessoas públicas ou quando o interesse é coletivo; 3. O grafólogo trabalha estritamente dentro dos seus limites de conhecimento e nos quais a grafologia está balizada; 4. O grafólogo mantém e desenvolve a sua competência profissional, salvaguardando o a própria liberdade, probidade e o sentido de humanidade; 5. O grafólogo se pauta pelo tato e a descrição. É imparcial e isento de qualquer tipo de preconceito religioso, político, racial etc.; 6. O grafólogo não utilizará documentos para prejudicar alguém ou para obter vantagens ilícitas para si e/ou para outrem; 7. O grafólogo não faz diagnósticos médicos; 8. A grafologia, em nenhuma circunstância, realiza qualquer tipo de previsões e adivinhações esotéricas; 9. O grafólogo respeita seus pares e as associações congêneres tendo em vista a evolução da grafologia como ciência; 10. O grafólogo é obrigado ao sigilo profissional. Regina Swartzman falou sobre a importância da autorização que o grafólogo deve ter do autor do texto e, após Eduardo Evangelista citar sobre uma solicitação de análise recebida de um Juiz, Paulo Sergio de Camargo falou que, quando um juiz te envia uma análise já é uma determinação ou autorização. Após leitura das sugestões feitas pela comissão, ficou aprovado por unanimidade o conteúdo do Código de Ética. Foi colocado em discussão o segundo item sobre o Conteúdo Programático ficando assim estabelecido: Nível I: Objetivos: Oferecer ao público alvo, conhecimentos introdutórios sobre os conceitos e fundamentos teóricos, sobre a ciência grafológica. Transmitir conhecimentos práticos sobre a psicodinâmica do gesto gráfico e suas possibilidades como instrumento de avaliação da personalidade e do caráter. Conteúdo Programático: Código de Ética; Breve cronologia da História da Grafologia; Campos de Aplicação; As Leis da Escrita; Ambiente Gráfico; Observação Gráfica; Fisiologia do Gesto Gráfico; Simbolismo de Max Pulver, Estudo dos Gêneros Gráficos; Estudo das Ovais, dos Gestos Tipo, dos Traços Iniciais e Finais, da Extensão da Escrita, dos Símbolos Especiais; Letras reflexas; Assinatura; Elaboração de Perfil Grafológico Confidencial com base no Perfil do Cargo; Trabalho de Avaliação; Nível II: Aprofundar os conhecimentos teóricos e práticos sobre o gesto gráfico incorporando conceitos específicos sobre a manifestação gráfica da personalidade. Introduzir estudos de conceitos psicanalíticos. Exercitar a aplicação prática das Teorias da Personalidade na escrita mediante a observação diferenciada dos traços. Saber distinguir as manifestações gráficas no Espaço, na Forma e no Movimento. Saber correlacionar as Zonas Gráficas entre si. Conteúdo Programático: Todo o conteúdo do Nível I e mais: Aprofundamento sobre a História da Grafologia; Teorias Grafológicas (Max Pulver, Klages, etc.); Escolas Grafológicas; Validade Projetiva da Grafologia; Sistemas e Métodos; Estudo comparativo das Escolas Grafológicas; Morfologia Gráfica; Neurofisiologia do Gesto Gráfico; Harmonia Gráfica; Polivalência dos Sinais; Teorias de Movimento e Espaço – Robert Heiss; Nível de Forma; Duplo significado dos traços expressivos; Dom Gráfico e Habilidade Gráfica; O Espaço na Grafologia; Estudo das Zonas da Escrita; Aprofundamento sobre Letras Reflexas; Assinaturas; Sinais de Insinceridade; Noções de Grafopatologia; aprofundamento sobre Elaboração de Perfis Grafológicos com base em Competências; Escala de Pophal; Relação entre as Margens; Processamento Fisiológico da Escrita (cérebro, córtex cerebral, sistema nervoso central (encéfalo e medula) e periférico, hemisférios cerebrais, tálamo e hipotálamo); Deficiências da Continuidade - fragmentada, ligações desiguais, lapsos de coesão, retocada, corrigida, ligação espacial, pontilhada, sacudida, suspensa, inacabada, traços inúteis, sobrepostos; Introdução às Teorias da Personalidade; aprofundamento sobre confecção de Perfis com base nas Competências Profissionais, Prova final; Nível III: Objetivos: Este nível apresenta complementos ao grafólogo para aprofundar os perfis e também introduz às diversas especialidades da Grafologia. Conteúdo Programático: Todo o conteúdo dos níveis I e II e mais: Aprofundamento sobre Forma, Espaço e Movimento; Velocidade e Dinamismo, Caracterologia; Modelos Tipológicos; Temperamentos; Harmonia e Desarmonia; Estudo do Traço; Estudo particularizado por Zonas; Aprofundamento sobre Personalidades de Risco; Traços Patológicos na Escrita; Pressão, Tensão e os Fenômenos Gráficos; Grafologia Infanto-Juvenil, Grafologia Emocional; Psicopatologia do Traço; Noções de Reeducação Gráfica; Noções de Grafologia Pedagógica; Noções de Grafologia Publicitária; Espaço na Escola Morettiana; Traços (Rizos) da escola italiana: Traços do subjetivismo, da afetação, da fleuma, da ocultação, do desprezo, da mitomania, da confusão, da independência, da insegurança material; Noções de inteligências múltiplas; Síntese de Orientação para definição do ambiente gráfico de Antonello Pizzi; Noções de Pesquisa científica aplicada à Grafologia; Aprofundamento sobre confecção de Perfis Grafológicos Confidenciais; Produção de Trabalho de Conclusão de Curso sobre tema grafológico sob orientação de Grafólogo Profissional, totalizando trezentos e quarenta horas de formação profissional sem as supervisões. As Bibliografias a serem utilizadas: Evelyn Aguilera – Sistema Neuroescritural; Paulo Sergio de Camargo - Grafologia Expressiva, Personalidades de Risco; Elisabeth Romar– Inteligências Múltiplas; Augusto Vels – Grafologia Estrutural e Dinâmica. O terceiro tema discutido foi Carga Horária e Titularização ficando assim estabelecido: NÍVEL I: Titularização: Assistente de Grafologia - Carga Horária: 40hs + 20hs de supervisão (total de 60hs) – Elaboração de Síntese Grafológica e 01 Avaliação Final – prova; NÍVEL II: OBS: Para iniciar o Nível II, o Assistente deverá mostrar o Certificado do Nível I - Titulação: Analista de Grafologia ou Grafoanalista - Carga Horária: 140hs + 20hs de supervisão (total de 160hs) - Elaboração de Perfil Grafológico - 01 Avaliação Final – prova: NÍVEL III: OBS: Para iniciar o Nível III, o Grafoanalista ou Analista de Grafologia deverá mostrar o Certificado do Nível I e Nível II - Titulação: Grafólogo Profissional - Carga Horária: 160hs + 40hs de supervisão (total de 200hs) – Elaboração de Perfil Grafológico – 01 Avaliação Final. Após explanação ficaram aprovadas por unanimidade as Cargas Horárias e as Titulações. O Presidente Erwin André Leibl falou sobre as normas de reconhecimento de cursos pela ABRACE sugerindo juntar apenas quatro pessoas em comissão para discussão do assunto ficando Elisabeth Romar, Ceura Nolasco, Paulo Sergio de Camargo e Basia Sinemberg responsáveis por fazer um roteiro de validação. O Vice Presidente Eduardo Evangelista falou dos cursos no Brasil que não têm uma orientação e que cada grafólogo dá o título com as cargas horárias que deseja, aos cursos que realiza. O objetivo é regulamentar cursos e cargas horárias. Falou ainda que a ABRACE tem que ter normas para reconhecimento dos cursos grafológicos, mas, salienta que, somente os cursos sofrerão essas normas regulamentadoras e não as empresas que os oferecem. Falou ainda que algumas instituições internacionais solicitaram filiação à ABRACE. Em relação às normas, Eduardo Evangelista falou que cada associação deve criar seus sistemas, suas normas específicas, porém, Paulo Sergio de Camargo comentou que “não podemos criar coisas que serão ultrapassadas amanhã”. Paulo Sergio comentou ainda que no Congresso Nacional está para ser aprovada a profissão de grafólogo e que deverá estar indo para a aprovação do Presidente da República. O Presidente da ABRACE falou que esta lei irá aprovar a profissão de grafólogo e não níveis para a profissão, e quando esta lei for aprovada terá que ser criado o Conselho Federal de Grafologia. O Presidente Erwin André Leibl falou das tabelas orientadoras de honorários através da qual deverão ficar estabelecidos valores dignos para tal cobrança e que, no Brasil, toma-se como base o valor do Salário Mínimo, sendo sugerido por Elisabeth Romar que se estabeleçam faixas de valores de curso, pois o valor do Salário Mínimo é muito diferenciado por região, tendo concordância de Ceura Nolasco, que comentou da importância deste valor de referencia para que os profissionais não coloquem valores baixos e que o valor cobrado deve ser de acordo com o currículo do profissional instrutor e também da região e localização da realização do curso, sendo alertada por Dóris Mayer sobre valores de cursos para empresas em decorrência de emissão de Nota Fiscal. Foi então formada imediatamente uma comissão para resolver este item, e após discussão, ficaram assim aprovados os seguintes valores de referência: Para uma turma de 10 alunos: nível 1 – R$50,00 hora/aula; nível 2 – R$65,00 h/a e nível 3 – R$80,00 h/a, sendo aprovado por unanimidade pela Assembleia. Sobre o valor da anuidade da ABRACE, o Presidente Erwin André Leibl sugeriu que ficasse estabelecida em R$140,00 (centro e quarenta reais) sendo aprovado por unanimidade. Eduardo Evangelista falou sobre o reconhecimento de cursos e homologação dos mesmos, sugerindo que a Assembleia aprove um associado por Região para receberem e analisarem os processos, ficando assim estabelecido: Ceura Nolasco (Região Sul), Alíria de Souza (Região Nordeste), Valéria Correia (Região Sudeste) e Regina Swartzman (Rio de Janeiro). O Presidente Erwin André Leibl e o Vice-Presidente Eduardo Evangelista colocaram em votação duas proposições abordando os seguintes assuntos: VOTAÇÃO E APROVAÇÃO DA BANDEIRA DA ABRACE e VOTAÇÃO DE SÓCIO HONORÁRIO com as seguintes justificativas: PROPOSIÇÃO PARA VOTAÇÃO E APROVAÇÃO DA BANDEIRA DA ABRACE - Na qualidade de associado e Vice-Presidente da Associação Brasileira da Ciência da Escrita, apresento a esta Assembleia o projeto para criação da BANDEIRA DA ABRACE. Justificativa: uma associação de caráter nacional que se propõe promover e apoiar o desenvolvimento da Grafologia e a oficialização e regularização da profissão de grafólogo, inclusive mantendo intercâmbios com associações congêneres, brasileira e de outros países, deve apresentar-se formalmente dentro e fora do país. A BANDEIRA é um símbolo que impõe a presença, fala da importância e fomenta o reconhecimento, devendo ter a capacidade de criar uma identidade particular. A BANDEIRA da ABRACE que se propõe tem as mesmas cores da Bandeira Brasileira e foi concebida tendo como estrutura composicional as três Zonas (principais) da Escrita; zona superior, em azul; zona inferior, em verde; zona média, em amarelo. As três zonas estão separadas por faixas brancas, representado a PAZ, dentro do simbolismo da Faixa contida na Bandeira Nacional. Ainda tendo como referência a Psicologia das Cores, colocamos o nome da ABRACE na zona média, porque esta representa O PRESENTE, as coisas que estão ligadas ao CORAÇÃO. Em amarelo, porque é a cor da riqueza, da luz, da atividade. Propomos que, se aprovada, ela seja confeccionadas nos tons da Bandeira Nacional, para manter a identidade, mantendo também os tamanhos oficiais correspondentes. Propomos mais que, a partir dela, seja confeccionado o PAVILHÃO DA ABRACE, nas mesmas cores e estrutura, porém com nome da entidade bordado em dourado e tendo nas extremidades da bandeira também um friso dourado. Esse Pavilhão será a Bandeira Oficial e deverá estar presente em todos os eventos da ABRACE. Eduardo Evangelista. São Paulo, vinte e dois de setembro de dois mil e doze. PROPOSIÇÃO PARA VOTAÇÃO DE SÓCIO HONORÁRIO - Na qualidade de associado e presidente da Associação Brasileira da Ciência da Escrita, apresento a esta Assembleia o nome de José Carlos de Almeida Cunha como candidato a Sócio Honorário, conforme permite o artigo 7º inciso VII, do Estatuto da Abrace. Justifico: iniciou os estudos de Grafologia antes de completar o primeiro curso universitário, nos idos do século passado, em livros de Crèpieux-Jamin, Rochetal, Salsberg e outros, todos no original em francês, numa época em que nada havia de grafologia sólida em português. Com a evolução de seus conhecimentos, aprofundou-se em Binet, Klages e Vels. Deste, fez a tradução do Dicionário de Grafologia e Termos Afins e Grafologia Estrutural e Dinâmica, com intensa troca de correspondência com Vels (não esqueçamos que a Internet é uma invenção recente). Todos publicados pela editora Casa do Psicólogo. Recentemente traduziu o Glossário de Espécies Grafológicas editado pela Sociedade Francesa de Grafologia, glossário este que faz parte do seu livro Grafologia – Evolução e História, Técnica e Interpretação. Trata-se aqui de fazer um pequeno retrospecto grafológico do José Carlos. Alguns de nós podemos ter um trajeto grafológico parecido: estudar, escrever, publicar. Mas só ele fez isso longe do centro cultural e nervoso que é São Paulo, lutou com a burocracia para fundar o Instituto Mineiro, levando a Grafologia a seus mais de quatrocentos alunos. Manteve o nome da Grafologia sempre límpido, participou de todos os eventos relevantes que a Grafologia do Brasil teve. Seus alunos, com seu incentivo, se reúnem em Cafés Grafológicos, acompanhando de perto a nova trajetória da Grafologia Brasileira. Por esses fatos relevantes, peço que esta Assembleia o aclame Sócio Honorário da Associação Brasileira da Ciência da Escrita. Erwin André Leibl. São Paulo, vinte e dois de setembro de dois mil e doze. Ambas as proposições foram aprovadas por unanimidade pela Assembleia. E por não ter mais nada a acrescentar, deu-se por encerrada a Assembleia, sendo a Ata aprovada e assinada pelo Presidente Erwin André Leibl e pela Diretora Secretária Suely Diniz Gonçalves. São Paulo, vinte e dois de setembro de dois mil e doze.


__________________________                                     _______________________
         Erwin André Leibl                                                        Suely Diniz Gonçalves

bottom of page